Crise Existencial | Quem Sou EU?

Desde que o ser humano existe, que estas questões se tornaram prementes. O ser humano é racional e fazer perguntas sobre o seu papel no universo deve ser visto com normalidade.

Quem Sou Eu? De Onde Venho? Para Onde Vou? O Que Eu Quero?

As crises existenciais fazem parte do desenvolvimento do Ser Humano. Quem nunca passou por uma?

Na fase da Adolescência é quando geralmente se vai em busca desse “quem sou eu?” porque é um estágio de descoberta. Os adolescentes passam por um período de autoconhecimento, é o começar a fazer grupos de amigos, interagir com o sexo oposto ou pensar nas suas opções para o futuro.

As crises existenciais são momentos de incerteza, delicados e pelos quais qualquer um pode passar em alguma altura da sua vida, mas que podem ajudar a pessoa a encontrar-se e a conhecer-se melhor. Esses momentos de reflexão, quando bem aproveitados, podem ser muito bem-vindos, servindo como indicadores na transformação pessoal de alguém.

As dúvidas em relação à própria vida podem resumir-se apenas a questões pessoais ou também incluírem assuntos mais profundos, quanto à existência do universo, a morte, valores religiosos, políticos, morais e sociais.

Sentimento de inadequação: o indivíduo pode sentir-se inadequado, como se não se identificasse com a sua própria vida e no contexto em que está inserido, como a família, amigos, trabalho e sociedade. Neste caso existe a necessidade de encontrar um propósito, algo que o motive.

Medo do futuro: alguém que se encontra no meio de uma crise existencial, pensar no futuro traz-lhe muitas incertezas. Essa é uma sensação bastante comum entre aqueles que estão a passar por um período de mudanças, como é o caso dos jovens que estão a entrar ou a concluir a faculdade ou a mudar de emprego.

Refletir sobre as escolhas que fez: outro sinal bastante comum é quando se começa a pensar sobre as escolhas que se fez no decorrer da vida até chegar ao momento presente. O indivíduo tende a imaginar como estaria agora se tivesse optado por outros caminhos, nas relações afetivas ou em questões de carreira.

Tristeza sem motivo aparente: todas essas dúvidas geram uma grande sensação de desânimo, como se não houvesse motivos para seguir em frente.

“Vida é processo. Processo é vida. Ou nos empenhamos em participar da vida o mais conscientemente possível, ou seremos arrastados por ela, esperneando, em prantos, e sentindo-nos vítimas. Neste último caso, viveremos um desespero existencial, ou tentaremos encontrar maneiras de preencher nossos dias com tantos negócios e trivialidades que não nos daremos conta de que estamos morrendo a cada minuto que passa (EINSTEIN apud SINGER, 1990, p. 249).”

Porventura se algum leitor se identificou com alguns destes sinais, serão enumeradas algumas medidas que o podem ajudar a ultrapassar a situação atual. Aproveite a excelente oportunidade para se reinventar e encontrar novos caminhos para trilhar.

– O primeiro passo para enfrentar uma crise existencial é autoconhecer-se e identificar quais são as suas principais armas para vencer esse momento de muitas dúvidas. 

– Não se compare e pense em tudo o que já conquistou. Cada pessoa tem o seu tempo, suas qualidades e seus defeitos – o que a torna única.

– Uma crise existencial também é o momento para agradecer tudo o que já se passou na sua vida até agora.

– A crise existencial é uma excelente altura para repensar nas suas atitudes e procurar ajustar a rota, caso seja necessário.

Portanto, é preciso que cada um encontre o seu propósito de vida, de modo a dar sentido à sua existência e vencer os seus dilemas. Porque o que nasce terminado são as máquinas, o ser humano evolui e forma-se ao longo da vida através das suas interações com o microcosmos e macrocosmos.