A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo
– Mark Twain
A autoestima equilibrada é algo que as pessoas, ainda não reconhecem como sendo fundamental para o desenvolvimento humano. É capaz de influenciar profundamente as escolhas e caminhos, ao longo da nossa vida.
Fala-se muito de autoestima, que devemos trabalhar a nossa autoestima…Mas na verdade qual é o verdadeiro significado… A palavra “autoestima”, vem da junção das palavras “auto estima”. O que pressupõe que “estimar” significa “gostar”, então uma pessoa com autoestima é aquela que gosta de si própria, que se valoriza e portanto, que tem confiança nela mesma.
Aparentemente deveria ser simples, porque é uma das necessidades psicológicas básicas da existência, ter uma autoestima fortalecida.”Desde a nossa infância até ao momento atual, e de forma análoga a um ‘sistema operacional de computador’, vamos recebendo instruções, seja de forma consciente ou inconsciente, sobre como o mundo funciona e como nos devemos relacionar com as pessoas ao nosso redor. Essas instruções são como lentes através das quais vemos a vida e como nos comportamos com base nisso.”
Na verdade fomos incorporando mentalmente um conjunto de ideias, conceitos, medos, dúvidas e crenças…que foram ficando armazenadas a nível inconsciente como verdades absolutas que passaram a fazer parte da nossa identidade e que por sua vez interferem na forma como pensamos e agimos, que poderá ser positiva ou negativa.
A baixa autoestima é um sentimento que se manifesta em pessoas inseguras, indecisas, depressivas e que procuram aceitação dos outros. Autoestima elevada, por sua vez, é uma condição vivida por pessoas que são elogiadas, apoiadas, autoconfiantes e que têm amor-próprio; não vivem em constantes conflitos, bem como não têm níveis de ansiedade elevados. Ter uma autoestima elevada pode melhorar a nossa saúde.
Ser feliz aumenta a autoestima, fortalece o sistema imunitário, combate o envelhecimento e ainda diminui o stress. A felicidade está ligada a uma hormona chamada endorfina que é produzida pela hipófise e que se espalha por todo o corpo através do sangue.
Segundo uma pesquisa feita pela universidade Canterbury, na Nova Zelândia, verificaram que pensar positivamente sobre nós mesmos pode oferecer uma proteção efetiva sobre o coração e o sistema imunológico, ou seja, uma autoestima elevada, cria, em última instância, um ambiente favorável à saúde.
“Todo o ser humano, sem excepção, pelo mero facto de o ser, é digno do respeito incondicional dos demais e de si mesmo; merece estimar-se a si mesmo e ser estimado.” – Segundo a escola humanista da psicologia de Rogers
Pessoas que possuem uma elevada autoestima costumam ser mais fortes, conseguem resistir às situações adversas por acreditarem mais no seu potencial, têm uma mente mais determinada e estão mais disponíveis para a acção.
Um dos principais motivos para uma baixa autoestima é o sentimento constante de culpa. A cobrança de algo que devia ter sido feito e não foi, o arrependimento do que disse…O libertar dessa emoção vai permitir-te sentir a leveza de espírito. Porque essa carga emocional destorce a perceção que tens de ti próprio.
Fomos educados numa sociedade onde existe uma grande competitividade, em que o sucesso pessoal ou profissional depende de superarmos o outro. Apenas deves comparar-te contigo próprio. Cada pessoa é única, tem a sua história, as suas experiências. Ninguém é melhor que ninguém…
É muito mais fácil conseguires alcançar os teus objetivos quando a tua mente já está inclinada em acreditar no teu sucesso. Desenvolver a autoconfiança permite-te avançar para qualquer desafio com mais certezas.
Hoje erraste…não faz mal…aceita que cometes erros, que não és perfeito. Aceitares a tua imperfeição vai libertar-te do peso que carregas, da rigidez da perfeição. Generalizas e achas que passas a ser o próprio erro, ele não define quem tu és.
Quando agradecemos, temos o privilégio de ver todo o bem que há ao nosso redor, especialmente o bem que há dentro de nós e nas ações que fazemos no mundo, somos mais felizes, e conseguimos impulsionar-nos para melhores atitudes.
Comemora cada objetivo alcançado, é uma vitória e foi obtida pelo teu esforço e dedicação, pelo teu mérito. Permite-te usufruir desta sensação que reforça a certeza de que és um ser humano com um potencial infinito.
O mais importante acto de crescimento da autoestima é viver no agora. Não é importante o que já foi feito ou o que irá acontecer, mas sim o que podes fazer no momento presente para seres mais seguro de ti próprio. Tomando consciência dos teus pensamentos, podes alterá-los para que sejas o responsável pelos teus resultados.
A autoestima é como uma flor que precisa ser regada. Trabalhar a autoestima é construir a própria felicidade, é reafirmar a nossa personalidade e estabelecer que não devemos aceitar nada menos do que aquilo que nos faz plenamente felizes.
Cláudia Martins